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Testamos a Beta de Diablo III: a tirania do Rei Esqueleto [vídeo]

Diablo III está fazendo muitos fãs roerem as unhas de expectativa. As promessas foram fortes e, quando a versão Closed Beta foi liberada para certas pessoas, surgiram relatos impressionantes sobre a diversão proporcionada pelo novo título da Blizzard. O Baixaki Jogos — o site de videogame do Baixaki — conseguiu acesso à Beta do título e, dessa forma, foi possível conferir uma amostra da sanguinolência que está à espera dos jogadores na edição final.
A versão demonstrativa pode ser considerada um tanto curta para os gamers mais assíduos, mas mesmo assim oferece uma jogabilidade bem diversificada. Apesar de apenas apresentar parte do primeiro ato da história e somente um dos grandes chefes do game (o Skeleton King, ou “Rei Esqueleto” em português), a demo é viciante em vários sentidos.
Sem mais delongas, confira as impressões do BJ para saber detalhes aprofundados sobre tudo que a Closed Beta tem a oferecer.
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A mesma base, mas muito mais diversão

Na realidade, há quem diga que os pilares da mecânica de jogo foram modificados drasticamente. Logo de início, você encara uma decisão difícil: qual classe escolher? Há cinco opções, cada uma empregando um tipo diferente de recurso para brigar:
  • Barbarian (Bárbaro), usando pontos de Fúria;
  • Monk (Monge), usando pontos de Espírito;
  • Witch Doctor (Arcanista), usando pontos de Poder Arcano;
  • Wizard (Feiticeiro), usando pontos de Mana; e
  • Demon Hunter (Caçador de Demônios), usando pontos de Ódio e Disciplina.
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Obviamente, cada uma possui peculiaridades referentes ao estilo de combate. Os desenvolvedores resolveram apresentar descrições satisfatórias de cada tipo de personagem, e assim fica fácil de definir qual será o herói da vez de acordo com as afinidades do gamer. Existe a chance de definir o sexo do protagonista, bem como personalizar a “bandeira” de cada um.
Mesmo nos menus iniciais, pode-se perceber que a interface está ainda mais amigável, lembrando muito o recente trabalho da Blizzard nos títulos StarCraft II e World of Warcraft. E esse capricho na interface se estende para as barras de comandos e demais seções relacionadas à jogabilidade (como mapa, inventário e perfil do personagem). Até mesmo a duração dos famosos “buffs” — bônus temporários — é ilustrada na tela.

Sim, boas surpresas

Com poucos cliques, você logo começa a combater monstros rumo ao seu reencontro com Deckard Cain, o famoso “velhinho” dos dois primeiros títulos da série. Os controles permanecem basicamente os mesmos, mas há adições de peso. A principal delas é a barra personalizável com cinco habilidades a serem ativadas pelos botões numéricos no teclado — qualquer semelhança com WoW não é mera coincidência. É claro que isso abre caminho para o surgimento de estratégias variadas de batalha.
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No entanto, você só pode aumentar o número de “slots ativos” nessa barra passando de nível com o personagem controlado. Não só isso: ao passar de nível, o combatente ganha pontos de atributo automaticamente (não é mais possível distribuir pontos de vida, Mana e demais características). Mais? Que tal o fato de que as habilidades ativas e passivas também são recebidas automaticamente ao longo da experiência?

E quanto a “encher o inventário”? Novamente é necessário clicar nos itens derrubados pelas variadas criaturas para adquiri-los, mas agora basta “passar por cima” das moedas de ouro para obtê-las. Outra novidade é que, no modo multiplayer, há um sistema muito mais inteligente que o anterior: é impossível pegar itens que aparecem na tela de outros jogadores. Sendo assim, todo o ouro e itens que você visualizar só podem ser adquiridos por você mesmo. Chega de quebrar o botão do mouse na disputa pelos melhores equipamentos.
A Beta ainda conta com recursos inéditos na franquia Diablo:
  • Auction House (uma “casa de leilões” semelhante à de WoW);
  • Pedra de volta à cidade (como a Hearthstone de WoW);
  • “Caldeirão portátil” para venda de itens sem precisar conversar com personagens;
  • Sistema de Crafting para a criação de equipamentos (com materiais coletáveis “do chão” ou a partir da destruição de itens no inventário);
  • Estrutura de retorno ao início das dungeons, localizada no fim de cada uma; e
  • Orbes de recuperação de energia vital para auxiliar no uso de poções (que agora possuem “cooldown” — tempo de espera para reuso).
As características práticas dessas novidades são muito bem-vindas, principalmente para quem já é fã da série. Há, ainda, outros elementos nunca vistos antes que também aumentam consideravelmente o nível de desafio da experiência, como o fato do cenário “se abrir” conforme o progresso do jogador nas missões.
Em contrapartida, a morte não é nada assustadora: se você morrer, não precisa correr até o seu corpo e recuperar o ouro e os itens perdidos. Em vez disso, o personagem simplesmente reaparece na base sem perder nada.

Mergulhando em um caos empolgante

Comecemos pelo multiplayer. Com a possibilidade de cumprir os objetivos ao lado de outros gamers online, a ação se torna muito mais atraente. Na verdade, é até rápido chegar à sala do Rei Esqueleto com companheiros de combate, e fica mais fácil e divertido derrotar o chefe em grupo.
Apesar das várias críticas feitas quanto ao nível de saturação das cores encontrado nas imagens liberadas até o momento, o BJ afirma: o visual da nova Tristram está muito agradável, mesmo considerando que os gráficos não são o forte de Diablo III. Além disso, as animações dos cenários e dos monstros estão bem mais convincentes.
Imagine a seguinte cena: você estraçalha uma criatura particularmente grande e logo em seguida ela explode, liberando vermes nojentos que também precisam ser derrotados. Outro bom exemplo é o morto-vivo que, ao ser dilacerado, reaparece apenas com a metade do corpo — da cintura para cima — para novamente atormentar os heróis.
Quanto ao som, é fácil perceber as melhorias tanto nos efeitos sonoros quanto na trilha musical que preenche a atmosfera fantástica do game. Temas conhecidos pelos nostálgicos admiradores da franquia se misturam com sons e barulhos nítidos, típicos de bons jogos de RPG e aventura. É uma combinação e tanto.

Impressões finais

Pois é, há várias restrições na Beta de Diablo III (como em qualquer outra Beta), mas o importante é justamente o que é apresentado na versão demonstrativa: o retorno de uma fórmula tradicional com adições cativantes.
Há infortúnios? É claro que sim. Um deles consiste na instabilidade de certos comandos, pois os personagens às vezes “se perdem” em instruções simples de direcionamento. Há quem diga que o game está muito fácil (tendo como base o nível Normal de dificuldade) e que as poções são praticamente desnecessárias, mas não podemos esquecer que o título ainda está em fase de testes.
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Porém ainda há tempo para os desenvolvedores trabalharem nesses problemas — ainda mais com o feedback dos jogadores após as experiências com a versão Beta —, e tudo que já está bom vai ficar ainda melhor assim que a edição final de Diablo III for lançada exclusivamente para PC, provavelmente ainda em 2011.

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